terça-feira, 6 de setembro de 2011


-"Estou triste contigo."
Uma resposta da minha parte é esperada. No seu lugar existe um silêncio pesado e um olhar fixo no chão. Tu continuas-te a olhar para mim muito fixamente e sem sequer te olhar nos olhos senti a desilusão que carregavas no olhar. O sentimento que provavelmente mais dor me faz carregar quando, depois de causado por erros meus, sentido por outros. No entanto, continuo a provoca-lo nas pessoas constantemente e por isso, também constantemente, continuo a sentir aquela dor. Aquela estúpida, estúpida dor provocada também por ter muita consciência que não se tratam apenas de ações exuladas ou de uma fase, mas sim de ações constantes que demonstram a minha difícil personalidade e o desejo de omitir a minha vida e as diferentes situações que nela existem. Não gosto pouco de ti irmão, gosto muito, mas é a minha vida e não gosto de a partilhar a todo o tempo. A vida e a sua verdade, que tu sabes o quão é difícil de suportar por vezes.
O tempo deste silêncio fez-se terminar quando rompido pela tua voz grossa e pesada que me intimida nestas situações. Posso até dizer que me perturba. Então continuas-te dizendo:
-"Porque é que me mentes? A mim e aos pais!"
De novo um silêncio existiu. Mas desta vez a resposta iria ser libertada ainda assim que tivesse sido com custo. Olhei para ti entretanto e disse num tom de voz baixo:
-Porque a verdade é foda.
E saí.

3 comentários:

Podes sempre iluminar-me com mais um raio cheio de luz!