O vento parou
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Aqui estou eu. Enfrento assim o desconhecido, e mais uma em muitas vezes, tenho apenas a minha pessoa. A minha só e triste pessoa.
Dou por mim, deitada e completamente imóvel. Incluindo a esta imobilidade o olhar, que fixa no teto do meu quarto. Penso nesse desconhecido, que não deixa de ser fascinante, brilhante e extremamente poderoso, mas simultâneamente não deixa também de ser assustador. Não deixa de ser mais um medo que me assombra.
Então paro de novo. Interrompo o pensamento anterior com um novo pensamento capaz desta vez de se resumir numa simples mas direta frase: Uau, como é possível desta forma um ser que se mostra a todo o tempo indestrutível, intocável e quase imortal, ser na realidade frágil, dócil, extremamente carente de uma companhia especifica e assombrado por medos constantes??
terça-feira, 6 de setembro de 2011
-"Estou triste contigo."
Uma resposta da minha parte é esperada. No seu lugar existe um silêncio pesado e um olhar fixo no chão. Tu continuas-te a olhar para mim muito fixamente e sem sequer te olhar nos olhos senti a desilusão que carregavas no olhar. O sentimento que provavelmente mais dor me faz carregar quando, depois de causado por erros meus, sentido por outros. No entanto, continuo a provoca-lo nas pessoas constantemente e por isso, também constantemente, continuo a sentir aquela dor. Aquela estúpida, estúpida dor provocada também por ter muita consciência que não se tratam apenas de ações exuladas ou de uma fase, mas sim de ações constantes que demonstram a minha difícil personalidade e o desejo de omitir a minha vida e as diferentes situações que nela existem. Não gosto pouco de ti irmão, gosto muito, mas é a minha vida e não gosto de a partilhar a todo o tempo. A vida e a sua verdade, que tu sabes o quão é difícil de suportar por vezes.
O tempo deste silêncio fez-se terminar quando rompido pela tua voz grossa e pesada que me intimida nestas situações. Posso até dizer que me perturba. Então continuas-te dizendo:
-"Porque é que me mentes? A mim e aos pais!"
De novo um silêncio existiu. Mas desta vez a resposta iria ser libertada ainda assim que tivesse sido com custo. Olhei para ti entretanto e disse num tom de voz baixo:
-Porque a verdade é foda.
E saí.
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Anormalidade no auge
Neste momento só existe comigo este vazio completamente insustentável. É escuro. Frio. Infinito. É um vazio enorme por antes ser preenchido por ti.
Mas um vazio que não quero mais que se preencha. É um vazio que continuará a habitar em mim por algum tempo. Muito. Pouco. Não sei, algum. Mas continuará. Em mim. Criatura estranha. Imprevisível. Incompreensível. Totalmente anormal.
Ainda bem.
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